Programação Rugby na SportTV

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sábado, 8 de janeiro de 2011

Entrevista - Sr. Costa

Meus amigos, volta a rubrica das entrevistas e para esta semana temos um ex-jogador desta fantástica modalidade que é o Rugby. Os Pais são parte integrante da estrutura de qualquer clube de rugby, fazem um trabalho invisível muito importante. Para esta semana convidamos o Sr. Costa, pai do par de gémeas mais heterogéneas que pode haver, mas fundadoras do Rugby Clube Viseu no feminino e Pai do nosso “deslocado” Rui, bem vistas as coisas é um Pai que deu uma grande educação aos seus filhos já que todos eles jogam Rugby, haviam de ser todos assim… Tem a palavra o Sr. Costa...

PERFIL

Nome: Carlos A. Costa e Silva
Idade: 53 anos
Posição: Asa e defesa no escalão júnior, actualmente sub 18
Altura: 1,76
Peso: na época 74, agora… bastante mais.
Clubes: Associação Académica de Coimbra

ENTREVISTA

Blogue Não Oficial do Rugby Em Viseu - Boa tarde! Antes de demais, gostaria que fizesse uma breve apresentação sobre si.

Sr. Costa – Nasci em Lisboa, fiz todo o percurso académico em Coimbra onde conclui a licenciatura em Engenharia Civil. Em Janeiro de 1982, por razões de natureza profissional fixei-me em Viseu. Considero-me uma pessoa normal, detentor de virtudes e defeitos, não enumero os primeiros por modéstia e os segundos por vergonha.

BNOREV – O que acha das suas filhas jogarem rugby?

SC – Fiquei surpreendido com a opção que fizeram. Devo confessar que apesar de ter sido praticante não influenciei a decisão. Agrada-me o modo como aderiram e interpretam o espírito do rugby e a satisfação que retiram disso.

BNOREV – Sente que o rugby mudou algo positivo/negativo nas suas filhas?

SC – Penso que o rugby tem importância na vida delas, criaram novas amizades, novas formas de relacionamento, passaram a dar maior importância aos vários valores que emergem do grupo, tornou-as mais responsáveis, cresceram, … mas houve uma coisa que se agravou, a quantidade de terra que trazem para casa, continuam a esquecer-se de limpar o calçado.

BNOREV –O que sente de todos os seus filhos jogarem Rugby? Sente-se um pai orgulhoso da grande educação que lhes deu?

SC – Sinto orgulho pela vontade de aprender, empenho e dedicação que todos manifestam na prática do rugby, mas também muito receio por algo que possa correr menos bem para a integridade física.

BNOREV – Veteranos do Rugby Clube de Viseu, para quando? Sr. Costa, Zé Luís o Pai Cabral… já dá uma equipa jeitosa…

SC – Está fora de questão, depois dos 50 aparecem os “defeitos” e não há peças de substituição. Depois de uma curta corrida não consigo respirar, mais pareço um “comedor” de ar muito sôfrego.

BNOREV – Qual as maiores diferenças que encontra entre o rugby actual e o rugby da sua altura?

SC – Além das alterações de algumas das regras do jogo a maior diferença é a utilização de elevadores nos alinhamentos. É natural que as técnicas de jogo tenham evoluído, mas é uma situação em que não sou capaz de fazer grandes comparações, no meu tempo as boas jogadas eram de “geração espontânea” nada que viesse nos “manuais”.

BNOREV – Não quer dar uma perninha pelos seniores esta época, é capaz de correr um bocadinho mais que o Kurt….

SC – Só se precisarem de alguém para estorvar…, mas nesse caso o prejuízo seria para a equipa sénior. Quanto ao Kurt acho que só tem dificuldade no arranque dêem-lhe espaço para embalar

BNOREV –O rugby seja de 20 anos atrás ou de agora é mesmo uma escola da vida, isso mantém-se?

SC – Creio que sim

BNOREV – Quantas rifas já comprou?

SC- Out of date. (boa oportunidade para um comentário jocoso do BNOREV)

BNOREV – Tem alguma explicação para as suas queridas filhas, se darem assim como direi, por vezes assim um bocadinho para o mal?

SC – Bem,… não sei…, elas foram sempre assim,…, deve-me ter escapado qualquer coisa nas “especificações”.

BNOREV – Tem alguma solução para as calar, quando se põe a falar uma por cima da outra e não se entende nadinha do que dizem? Dava-me uma grande ajuda…

SC – Outra falha nas “especificações”, por mais que lhes explique para que servem os ouvidos não há maneira de superarem o défice do “saber ouvir”. Por vezes um sonoro –CALEM-SE- resulta, por vezes com efeito prolongado quando amuam.

BNOREV – A equipa feminina já tem ano e meio de existência, tem que sentir um grande orgulho, pelas suas filhas serem as fundadoras, o que acha que pode ser feito para chamar mais meninas para o Rugby?

SC – Penso que existirá algum preconceito. Divulgação e publicidade da modalidade é o caminho a continuar para o derrubar.

BNOREV – O que diria aos pais e mães de meninas que ainda sentem reticências em deixarem as suas filhas praticar este magnifico desporto que é o Rugby?

SC – Deixem-nas experimentar sem receios e observem as mudanças que ocorrem. Só depois façam o vosso juízo.

BNOREV – Quer deixar uma mensagem ao pessoal do clube….

SC – Apesar das adversidades, já que as condições estão longe de ser boas, embora já tenham melhorado, continuem unidos porque os frutos surgirão. Obrigado pelo convite mas já estou fora de prazo para dar uma perninha.


obrigado pelas suas respostas.

5 mêlées:

Teresa disse...

Muito bem Sr.Costinha!
Gostei muito...
As especificações são uma chatice e a terra também é verdade!
Mas cá para mim uma perninha nos séniores não era mal pensado.

Rui Silva disse...

O Kurt para embalar não precisa de espaço, preciso de dois campos de rugby juntos nos 100 metros de comprido de cada! =P

João Mateus disse...

Vocês pra falarem mal de um gajo, aproveitam tudo! Quanto ao Sr. Costa vir dar um pézinho, parece-me uma boa ideia que os séniores andam a precisar!

Abraço

Famalicão disse...

Muito bom, Prata já sabes como resolver a questão gemeas? "CALEM-SE" parece que resolve eheheheheh
Para o Kurt embalar posso arranjar umas musicas do Tomás.

Costa disse...

rui se o rapaz nem consegue dar meia volta a "correr"* ao campo pelado axas que "corre" 200 metros?

*"correr"-forma de caminhar um bocadinho menos lenta que o normal.